Maria das Curvas, neste último inverno, começou a dar mostras de fadiga dinâmica.
Maria das Curvas em reta mostrava nervosismo na frente, custava-lhe entrar em curva e quando saia desta mostrava pouco aprumo!
Levei-a aqui para ver e estudar os sintomas.
Sentamo-nos os dois, eu na cadeira e ela no seu descanso central, e falamos durante longos minutos para saber que lhe passava!
Depois de me explicar que não se sentia confiante e que havia coisas estranhas nela, comecei a ver donde poderia estar o problema.
Foi então que verifiquei a que a sua direcção tinha jogo, o que explicava as vibrações em reta e alguns chimmie’s em curva. Esse jogo era provocado pelo desgaste dos rolamentos de direcção o que fazia adivinhar que Maria das Curvas, próprio de uma utilização intensa e de muitos maus tratos, sofria de Artrose!
Estávamos em finais de Fevereiro, e a minha vida pessoal vivia momentos turvos e animicamente não estava para grandes festas. Ter a Maria parada não era conveniente, mas pela sua segurança e pela de quem nela monta, era imperioso meter mãos há obra e combater as suas Artroses.
Depois de uma conversa muito construtiva com o Mecânico Chefe da Honda de Zaragoza (Movicsa), decidi que iríamos tratar de vários pontos da Maria. Aproveitando que ia ter toda a frente desmontada e que iria tocar vários aspectos técnicos, faria não só a mudança dos rolamentos da direcção como também reveríamos toda a suspensão dianteira, para alem da revisão estética e eléctrica!
Para terminar esta pequena introdução, como já referi atrás, tudo isto passou num período da minha vida algo depressivo, onde estar a tratar da Maria foi como que um escape e nem sempre tinha paciência de fazer fotos para documentar apropriadamente este relato, pelo que em algumas fases terão que se fazer valer pelas minhas palavras sem se apoiarem nas fotos.