El Camino se hace al andar…. ….en Moto!!!!! – Tentativa Frustrada

Uma tentativa frustrada

Dia 4 de Janeiro de 2014 e o salto da cama foi mais que contundente.
Era dia de aventura!

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Dulcineia já estava à minha espera.
O trajecto até Siant-Jean-Pied-de-Port estava traçado e pensado para atravessar uma parte da Jacetania, territorio algo desconhecido por mim, sem deixar de passar pelos Riglos ou pelo Mosterio de San Juan de la Peña.
Nada mais sair de casa metemo-nos por caminhos agricolas para cortar caminho.
Alguns caminhos estavam tão danificados pelas chuvas dos dias anteriores que não pude evitar algum sufrimento ao perceber que Dulcineia tinha dificuldades em avançar.

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Quando paramos em piso firme ela estava assim!
Mas os caminhos ficariam por aqui…..
….por enquanto!

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Os Mallos de Riglos….

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Anzanigo, donde fica um refúgio Motard, mesmo no sopé dos Pirineus!

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Este é o Mosteiro de San Juan de la Peña onde, segúndo diz a lenda, um Cavaleiro do Templo depositou o maior tesouro da Ordem do Templo, o Santo Graal. Foi neste mosteiro beneditino que o Santo Graal foi guardado até que o Rei Afonso V de Aragão o levasse para a catedral de Valencia.

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Estamos em plena Jacetânia, onde as curvas são assim!

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As povoações aqui tem uma beleza especial, como Ansó que aqui vemos.
A tarde, e Navarra, traziam-nos um imenso temporal de chuva e neve nas terras altas, a esta ultima conseguimos esquivar, mas a chuva obrigou-nos a vestir o oleado e a abrandar o ritmo em estradas onde as curvas convidavam a ritmos alegres e inclinações acentuadas.
Chegamos a Sain-Jean cansados e fartos de chuva, que só nos abandonaria de madrugada.

05-01-2014

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A porta de Saint-Jaques, que dava acesso ao nucleo medieval de Saint-Jean-Pied-de-Port.
Eram as 6h30 da manhã e a ansiedade obrigou-me a sair de noite para a rua.

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As ruas apresentavam ainda as decorações natalicias e gozavam de um silencio apaziguante.
Não chovia, mas faziam temperaturas negativas.

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La no alto, pouco antes de chegar a Roncesvalles, a neve caida durante a noite fazia realçar a beleza destas paragens.

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A famosa Escalinata de Roncesvalles, num momento em que voltava a nevar.
Era tempo de por preventivamente o fato de chuva e começar o caminho de verdade!

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A parte Navarra é acidentada e cheia de arvores que devem criar um ambiente verde e fresco para os peregrinos.

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O Caminho

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Os cursos de agua que tivemos que atravessar eram muitos…

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Um velhinho Willis e a Dulcinea que se quis fotografar ao lado!

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A Plaza del Consistorio em Pamplona, famosa pela largadas de touros (encierros) e as festas de San Fermin.

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De volta ao caminho!!!!

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O monte do Perdão.
É aqui que começa uma descida perigosa, abrupta, com muitos degraus e pedra solta. Chovia, fazia vento e, apesar de ter muito cuidado, por varias vezes encontrei os limites na Dulcineia.
As suas suspenções tinham pouco curso, a posição de condução não era de todo a ideal e, o que a levava estava demasiado verde para este tipo de aventuras.
Quando terminei a descida, sem antes levar um par de sustos, o caminho ficou “manso”, abrindo-se diante de mim com piso plano, largo e sem aparentes obstaculos, bordeando alguns arbustos sem grande dificuldade. Tudo convidava a aumentar o ritmo e acabei por acelarar mais do que devia.
Ao passar ao lado de um dos arbustos o caminho subitamente deixa de existir. O terreno ao lado tinha sido lavrado, assim como parte do caminho, o que deixou tudo cheio de barro e terreno “fofo”, acabando no chão no meio de um lamaçal. Dulcinea não teve a mesma sorte, pois impactou contra uma arvore, torcendo uma bainha, o guiador, amolgando o deposito e partindo a manete de embaiagem. Felizmente e depois de ver que não tinha nada a não ser o orgulho ferido, consegui reutilizar o pouco que restava da manete da embraiagem e trazer a Dulcinea de volta para casa.

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Estava assim finalizado o Caminho…..
….por agora!

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Já lá vão mais de dois anos, que aproveitei para ganhar experiencia, ler sobre o Caminho e comprar outra moto, muito mais capaz de aguentar uma aventura desta dimensão.
Contudo, aprendi muito, a experiencia e o que vivi mantinham vivas na minha alma aquela chama de sair à descoberta do caminho.
Coisa que chegou no ultimo dia do mes de Fevereiro deste ano!

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