O Culto… 

Esta coisa despertou conscientemente em 1994 com uma revista (já extinta) cuja imagem de capa tinha a novíssima CB500.

Desde então o apetite por conhecer esse mundo nunca mais parou. Cheguei a ir a uma concentração a 6km de casa, aventurar-me de cinquentinha por boa parte da geografía portuguesa, ver provas do Campeonato Nacional de Velocidade (CNV), ser moço de recados numa modesta equipa de 125 Produção e até “dar à bandeira” num posto de controlo numa prova do campeonato de Enduro.

Alguém chegou a classificar-me como frikki por saber a ficha técnica de quase todos os motociclos à venda no retângulo.

Mas o que eu gostava mesmo era andar de mota e quase a totalidade das aventuras que vivi, vivo e vivirei, são só mais uma desculpa para andar de mota. De uma 50, passei a uma 125, depois uma 500, depois uma 1100, até hoje que tenho quase 4000cc em motas lá  no Santuário.

Vejo as motas como parte de mim, dou-lhes atenção e luto cada dia para que não lhes falte nada.

Principalmente gasolina! 😉

Continuo a estudar a aprender e a defender as motas.

Cheguei mesmo a pousar nú, num dia fresco de Fevereiro, em plena rua, para alertar e sensibilizar a comunidade.

Sim! Acredito que poucos tiveram coragem de olhar para a fotografia.

A estrada é,  em boa parte, culpada de muitas aventuras.

Faz-me sonhar. Torna-se interminável…

E  assim, pela maestría do amigo e companheiro Ricmag, nasceu o Logótipo que reúne um pouco de mim, um pouco do Culto e outro tanto dessa Estrada Interminável.

E é por esse magnetismo que o asfalto exerce, que Maria das Curvas continua a somar quilómetros.

Pelo caminho, fui fazendo amizades, continuei a cultivar o gosto pelas motas, tornei-me num entusiasta e ajudei no que pude as pessoas que encontrei no caminho.

Quando, finalmente, tive a oportunidade de criar o Santuário, percebi que tinha agora outro motivo para cultivar esta paixão.


A mecânica sempre foi uma tentação e, apesar de fazer boa parte da manutenção às minhas motas, sempre pus limites, sempre pensei que ainda não estava preparado… 

E não estou!

Muito longe disso.

Mas ter duas motas paradas no Santuário não é para mim, assim que pus mãos à obra.

Estudei sobre mecânica, li sobre restauro, procurei informação sobre os modelos, agucei o engenho, perdi o medo.

Passo as tardes livres no Santuário, tardes de puro Culto, de veneração às Motas, observando antes de tocar, tocar antes de desmanchar, desmanchar observando, observando consultando as bíblias da mecânica.

Continuo a andar de Mota!?

Claro que sim!

São elas que me levam ao Santuário!

São elas o principal motivo de tudo isto.

RIM Dia dos Castelos

Depois de repousar o esqueleto, o duche matinal serve para activar o corpo e a mente.
Preparar tudo nos alforges, o GPS, o fato da mota foi uma tarefa facil de levar a cabo. Mas essa felicidade caiu por terra, ou melhor, num charco enlamaçado, quando vi um ceu cinzento e as motos molhadas. Incredulo, saí a rua desejando que fosse só rabujice do tempo, mas as gotas caiam com uma cadencia certa e em poucos minutos molhei a minha careca.

1 Chuva

Pouco a pouco o restantes participantes foram-se juntando na sala para o pequeno almoço.
Curiosamente a moral era alta e inclusive ouvi o Diogo (Vindaloo) a dizer:
-Esta a chover!? Nao importa!
E assim foi. Depois do pequeno almoço e das contas feitas, atacamos a estrada debaixo de algumas gotas.
A primeira visita prevista seria o forte de Elvas, mas a chuva persuadiu-nos e o Carlos respirou de alivio ao perceber que nao teria que subir a estrada de empedrado ate ao forte.
Passar a fronteira foi como deixar para tras a chuva, se bem que a nuvens ainda ali estavam e ameaçavam descargar, no horizonte o tom de cinzento era mais claro e eu apontava que iamos nessa mesma direcçao para tentar animar o pessoal.
Mas ninguem precisava de ser animado, estam todos super bem dispostos apesar da chuva e do tempo instavel.

2 Parque 1

A chegada a Alburquerque, já com a sol a dominar no ceu!

3 Parque 2

Cinco motos, que chamaram logo de imediato a atebnçao a uma patrulha da Guarda Civil e o pessoal comentava que os P que tinham deveriam ajudar a que eles nao implicassem…

4 km Marco

A ventoinha do Marco tinha, entretanto, batido a significativa barreira dos 20000 km (¿?), 26 recals e 3 chamadas ao pronto socorro depois. 

5 Mala ejectavel

Do outro lado, na outra ventoinha do grupo, alguém inspecionava o estado das malas e suportes, tentando adivinhar o momento em que elas se fugariam, movidas pelo medo ao empedrado!
De facto, esta era a maior preocupação do Carlos, esse piso tao característico dos povos medievais. Não lhe importava muito a chuva, o frio que se fazia sentir, ter as mãos molhadas, sujar a sua ventoinha, nem se importava com o facto, muito relevante, de estar a conduzir uma ventoinha a mais de 300km de casa; mas o empedrado….
Isso sim era um quebra cabeças para o Carlos!

6 Eu

UI! Que susto!
Que coisa tao feia…..
Esqueci-me do pequeno pormenor de que o pessoal também veio munido de camaras para este passeio.

7 Alburquerque

Com as nuvens a serem enxotadas pelo sol, ali no cimo estava a nossa primeira conquista do dia. Um bastiao defensivo castelhano que hoje é um belo exemplo de como os “países” se protegiam uns dos outros.
Para chegar lá, tivemos que desbravar por entre as ruelas de Alburquerque, estreitas e empinadas, com aquele característico empedrado medieval que nos fazia regredir muito no tempo, como se fossemos 5 cavalheiros portugueses em missão de paz.
Mas não se entende muito bem porque, havia um que sempre ficava para tras:
– Anda Carlos pá, que a moto não se desmancha!

8 Foto equipe

O Marco gosta das fotos de grupo e a ideia de fazer esta foto, para alem de sua, deu para dar a perceber ao grupo que sabia bem o que fazia com a sua camara, buscando aquele equilíbrio exacto que lhe permitisse fazer esta bela foto.
Agora….
Isso de andar de mota já são outros quinhentos (aouch!!)!!

Da esquerda para a direita:

Carlos (Carloskb), eu (Lone Rider), Diogo (Vindaloo), Michel (michelfpinto) e o Marco (Marco.Clara)

9 Carlos tunel

O que é pá!
Tambem tenho camara!
Toma lá um flachada!

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Ficamos todos na penumbra, como se a nossa presença aqui estivesse envolta num mistério.

11 Afinaçao

Sim!!
Sou um invejoso e não domino a técnica tao bem como o Marco.

12 Foto de Grupo

E também não tive a ajuda do sol.
Mas da para ver que estamos lá todos, não dá!?

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Historia do castelo é interessante e covem lê-la. Para tal, basta googlar por Alburquerque e certamente que aparecera tudo muito bem escarrapachado, mentiras incluídas, no Wikipedia!
Coisas do tipo, o castelo antes de chegar ao seu interior m8 tem três entradas defensivas, bla, bla, bla….
Uma delas vemos ao fundo desta subida em empedrado (calma Carlos!).

14 Espera

La no cimo encontramo-nos com a porta fechada.
-E agora!?
-É pá!-dizia o Michel- As visitas guiadas fazem-se agora às 13h, faltam 3 minutos!
-Viemos mesmo a tempo!
-Bora lá!

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Patio de Armas, onde a infantaria velava pelas armas.

16 turistas

Aqui o grupo de visitantes, que escuta atentamente um guia turístico que foi super amavel com todos ao falar com muita calma para que se pudesse assimilar o seu espanhol sem necessidade de traduzir.
No grupo havia também um Motorrad fan que confessou estar a fazer uma rota muito parecida à nossa em solitário, pouco tempo depois do famoso “clube eólico” ter andado também por estas paragens.

17 Torre de Menagem

A torre de Menagem, forte dentro do forte, onde, para chegar, havia que fazer um percurso labiríntico cheio de armadilhas defensivas.

18 Entrada da Torre

Aqui temos o Carlos, numa pose fotografica bué fixe!
No fundo, no fundo, é um gajo porreiro, mas a culpa foi da sua avó!

19 Escadas

Era por aqui que se tinha que subir.
Eu acho que o calmeirão do Michel teve que subir de lado!

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Mas depois a recompensa estava à vista, com uma enorme planície à vista, montanhas de fundo e um povo inteiro aos teus pés!

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Mas havia sempre alguém que borrifava nos portugueses, o que não é muito aconselhável, dado que virar as costas ao inimigo pode dar mau resultado!
O guia estava sentado no que era uma latrina, à moda antiga, que oferecia um voo em picado aos excrementos como mostra de consideração pelos portugueses.

De facto, estava muito bem estudada a fortaleza, um passadiço com ponte levadiça, deixava isolada a torre de menagem, que oferecia proteção ao ultimo reduto de sobreviventes.

23 Alburquerque

E outra vez, estas paisagens embriagantes e levam bem longe a linha do Horizonte!

23 Matacanes

Matacanes, por donde se atirava de tudo, principalmente azeite a ferver para provocar o maior número de baixas possível.

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Dentro da Torre, a casa do senhorio…

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La do alto, as vistas….

…são impressionantes!

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Existe uma legenda para esta foto, mas aqui o que é importante sublinhar é que alguém olhava para o lado errado, outro penteava-se e eu estou gordo…..

Quase que já nem caibo no raio das escadas!
Temos que dar uma solução a isto!

29 Capela

Depois da conquista do castelo, a capela era um lugar de retiro espiritual obrigatório!

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Olha Carlos!!!
O teu amigo empedrado!

Depois do castelo de Albuquerque, era tempo de fazer-nos à estrada, tomando a direção de Portugal por Valencia de Alcantara. O meu GPS, que entra em pânico cada vez que entra num aglomerado urbano, fez-nos viver uma das peripécias mais interessantes da manha.
Em San Vicente de Alcantara, por engano meti o grupo pelo centro histórico da povoação. Uma trama de ruas estreitas, com alguns becos à mistura fez com que o escapes abertos das motos do Marco e Diogo interrompera a pacatez dos que por lá vivem. Ao passar por essas pessoas, que ao ouvirem os uivos das motos, vinham à rua, fazia sempre um gesto simpático, que estas respondiam com um olá ou acenando com a mão.
Atras, no fim do grupo, como sempre, vinha o Carlos a rezar para que nenhuma das suas malas caísse pelo caminho estimulados pelo piso de empedrado!
Uma vez na estrada certa, era hora de dar corda aos cavalos de Maria, com o Diogo a mostrar que também sabe acelarar.
E Valencia de Alcantara mais do mesmo, mas desta vez o SC do Marco mostrou quera mais melodioso que o Leo do Diogo que a esta hora estará a pensar:

-Puuff! Motos de dois cilindros e meio!!

31 Gasolineira

Posto de abastecimento antes de Portugal.
Três gajos a ver se as malas do Carlos aguentam ou não todo o fim de semana.

32 POrtagem

Aqui jà havia vontade de comer!

33 Almoço

Já está!
Tudo com os pes debaixo de mesa e a dar ao dente!

Enquanto comíamos o céu preparava-se para nos dar uma surpresa.
Foi com espanto que vimos que caia uma valente tromba de agua na rua, quase no final do almoço.
Mas voltou a abrir, soprava um vento fresco que empurrava uma imensa massa de nuvens vestidas de “negro ameaça” na nossa direcçao.
Era tempo de montar nas nossas montadas e subir ao Marvao se queríamos ver o Castelo.

34 Marvao

Não tivemos muita sorte.
Nesta foto não chovia, mas luz estava apagando-se e um batalhão de reconhecimento em forma de chuveiro, já nos tinha molhado na subida, o piso (empedrado) estava molhado e escorregadio e a única boa noticia era que na direcçao onde seguíamos o ceu estava menos cargado.

A descida seria menos atribulada, pois as nuvens, empurradas pelo vento contra o castelo desviaram pelo lado contrario ao que passaríamos.
Ainda bem!

Castelo de Vide era já ali, quase que se podia avistar desde o Marvao. Chegar ao seu castelo é uma tarefa algo complicada, com algum sentido proibido e inclusive um transito proibido. Como nunca tinha visitado este Castelo, não sabia muito bem onde me estava a meter. Uma subida ingreme, com o característico empedrado medieval. Quase que podia ouvir Carlos reclamar!
E com alguma razão, diga-se de passagem.

35 dancebrake

Mas tudo esta bem, quando acaba bem.
Deixamos a motas na encosta, engatadas e tratamos de curtir o momento.

35. Brake dance

Castelo de Vide, um castelo que também tem a sua pagina no Wikipedia, parece-me algo mais descuidado que o de Marvao, mas tem um encanto especial.

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Tem algo diferente, parece mais misterioso, não sei descrever bem!

38 Michel

O Michel a tentar roubar as armas ao guiardiao do castelo.

39 eu

Isto quer dizer:
“For those about to Rock! …we salute yo!”

40 par de jarros

Que belo “par de jarros”!

41 Team

Mais um excelente trabalho de “trial fotográfico” do Marco! Acho que já vai no 34 titulo mundial consecutivo nisto do equilíbrio dinâmico-fotografico na categoria “sem tripé”!

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Nisto o pessoal sussurrava alguns comentários sobre o Carlos!

-Sabe fotografar bem!- dizia um…
-Sim sim! Sabe bem o que faz!
-Pois, pena é que andar de mota é uma menina!
-Só não percebo é uma coisa!
-O quê!?
-Como é que as pessoas que tem um talento natural para uma coisa em concreto, no exercício desse talento assume uma postura tao cómica!?

43 Carlos

Diga-se de passagem, que a imagem que se segue é da sua autoria.

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Castelo de Vide agradece!

45 Marco

E o Marco tambem!

46 Torre de Menagem

Solida, é o único adjectivo que me vem á cabeça sobre a torre de menagem que preside a fortaleza Medieval de Castelo de Vide.

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No edifício contiguo à torre de menagem estava exposta uma exposição sobre a Inquisiçao em Portugal!

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A fogueira que condenava por blasfémia e heresia aos que eram apontados pela igreja, na maioria das vezes num processo pouco claro e sem qualquer tipo de garantias.

49 Povo medieval

Um povo medieval que merece uma vista mais atenta numa próxima vez!

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A foto não o acusa, mas havia uma inclinação considerável e isso poderia ser o primeiro momento de tensão no grupo.
Mas não o foi.
Apesar do Carlos ser o mais “niquento”, confiou na ajuda do pessoal e entre todos demos a volta às motas, uma a uma, pondo em practica um dos valores mais importantes que existe nisto das motos. A entre ajuda do pessoal.
Agora, quase que estou seguro que a maioria dos participantes da Rim concorda comigo se eu disser que não foi assim tao difícil.

Sair de Castelo de Vide foi outra aventura de empedrado, ruas estreitas, inclinações malucas e as motos do Diogo e Marco outra vez em evidencia.
Depois Nisa e depois a primeira sessão de curvas da RIM. A estrada apresentava um piso coma algumas manchas de molhado, folhas e algumas ramas pelo chão, que aconselhava a alguma cautela mas…
Curvas são curvas e temos que curtir. Maria queria, eu queria e cá vamos nós!

As Portas do Rodao.
Palavras para que?

Enquanto o Carlos tratava de fazer estas fotos….

….num claro exercício de narcisismo motard…

…o pessoal buscava uma mesa para sentar-se a beber um café e dar duas de letra.
Eu ate reconheço algum mérito à Blu, pois eu entre os barcos e as ventoinhas…
….prefiro as ventoinhas!

-Pessoal! O café esta pago!
-Mas. Tu pagas tudo?- perguntou o Marco- Isso não é justo!
-Tu pagas o jantar, não te preocupes!

De Vila Velha até Monforte da Beira existe uma estrada que passa pelo meio da área protegida do Tejo Internacional que era uma completa desconhecida para mim. Teriamos que arriscar para ver como era, apesar do meu receio, porque cortava caminho, evitava Castelo Branco e algum trajecto por auto-estrada.
Foi um excelente surpresa. Piso bom, seco, curvas porreiras, animais a pastar e paisagens muito interessantes.
Em determinada altura, não me fiando do meu GPS, paramos para o cigarro da praxe.

55 Maria

-É pá, mas tu precisas de um mapa?-perguntava o Marco- Não entendo estes gajos, vem para uma viagem sem um mapa.

56 Mapa

Aqui definíamos o nosso objetivo mais imediato, que nos surpreenderia pela positiva!

57 Ponte

Aqui a temos, depois de uma estrada desconhecida, que foi uma grata surpresa pelo seu traçado e pelo sobe e desce numa reta sem fim.

Esta é a famosa Ponte de Alcantara, ponte românica com quase 2000 anos de existência, que se extende sobre o rio Tejo e que aindo hoje suporta uma massa com um peso bruto de 20t.

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Passamos por ela para ir à povoaçao que lhe da o nome para o pertinente abastecimento das nossas montadas.

59 Ponte de Alcantara

Com o sol a por-se no horizonte, as sombras invadiam pouco a pouco o espaço por onde nos movíamos.
Esta imagem é bom reflexo disso, mas as meninas agradecem que lhes demos o protagonismo, pois sem elas esta passeio seria impossível!

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Despedimo-nos da famosa ponte para voltar pela mesma deliciosa estrada, repleta de curvas e, onde apanhamos a direção de Segura e a fronteira com Portugal, voltar a fazer aquela montanha russa de luzes cintilantes nos espelhos da Maria das Curvas.

61 Jantar

O descanso viria em forma de um jantar num restaurante recomendado pelo Caroço e uma noite de repouso em Idanha a Nova.

62 Gajas a dormir

RIM- Dia do Já Cá Tou!

Para quem não sabe, Maria das Curvas é uma X11 com quase 16 anos e 150000km. Estes km devem-se a uma utilização muito diversificada, mas assente essencialmente no moto turismo. Contudo, depois das Artroses e da chegada de Dorothy, Maria viu-se relegada para as voltinhas esporádicas movidas pela saudade. Era uma maneira de lhe reconhecer mérito e mostrar o meu desejo de nunca a vender.
A sua última grande viagem foi no meu ultimo périplo pela Península, no verão de 2013. Desde então, exceptuando em Maio e Junho de 2014 em que fez sensivelmente 6000km, Maria dedicou-se a voltinhas domingueiras e a ser testemunha das minhas canções do bandido a uma jovem aragonesa.
Foi movido por esse saudosismo que decidi trazer comigo a Maria, arriscando-me a uma avaria inesperada tendo na garagem a Dorothy que oferecia muitas mais garantias. Mas ela estava preparada, com tudo em perfeito funcionamento, Maria estava segura de que iria demonstrar o porque de ter ganhado a minha admiração.

1 Inicio (1)

E sim!
A sua imagem com as alforjas montadas ainda hoje me faz rasgar um sorriso, trazendo-me à memoria tudo o que já vivi com ela, todas as aventuras e desventuras, as toneladas que já carregou e a única vez que me deixou a pé! Que grande suadeira…..
Dia 27 de Maio, dia que começou algo fresco mas solarengo.
Enquanto verificava se não me esquecia de nada, passeava-se diante dos meus olhos um pijama dos Metallica insinuando o seu corpo num claro convite para voltar para a cama.
Resisti, uma e outra vez, porque não é de bom tom fazer esperar a Maria das Curvas e a Laura.
-Laura!?- perguntou surpreendida- Quem é a Laura?
-Lembras-te das Cintas de Nossa Senhora do Pilar que prometer entregar numa povoação do Moncayo? Pois essa senhora que espera pelas cintas chama-se Laura e sabe que hoje vou passar por lá!
-Vais lá de propósito? Não é dar volta?
-Sim, uns 80km de volta, faz-se bem!
Com esta afirmação Carolina volta definitivamente para a cama. Sitio onde lhe dei o ultimo beijo da manhã, sem contudo, ter que oferecer resistência a um abraço com olhar desafiante incluído!
Fica aqui o primeiro conselho desta cronica….
Nunca se despeçam dos vossos problemas na cama!

De Zaragoza a Villarroya de la Sierra são uns 90km, feitos em andamento vivo e quase todos em autovia.
Laura é uma mulher vivida, com muitos km de pendura, trabalhadora e amante de tudo o que tenha duas rodas.
Enquanto lhe explicava o que ia acontecer nos dias seguintes, deliciava-me com um croissante acompanhado por um café com leite, ao mesmo tempo que Laura ia contando algumas das aventuras vividas no seu tempo de viagens. Entreguei as devidas cintas, que são uma especie de hamoleto protector para quem se preze em ser aragones. Não podia ir-me embora sem que lhe fizesse esta foto.

2 Laura

Maria e eu, a sós, de novo!
Pela frente tínhamos quase 300km até á capital, com uma paragem pelo meio para dar de comer ao cavalos. A A2 vai ao longo do vale do Jalon até quase Alcolea del Pinar, onde sobe até aos 1200m acima do nível médio do mar. Depois volta a descer para seguir quase sempre paralela ao Rio Henares, passando por Guadalajara, Meco, Azuqueca de Henares e Alcalá de Henares, até que, passado o cinturão da cidade M40, entras em Madrid pela Calle de Alcala, que desemboca, junto ao Jardin del Retiro numa grande rotunda onde no seu centro estão as portas de Alcalá!

3 Puerta de Alcalá

Mais há frente esta a Deusa Cibeles, onde os “madridistas” celebram os títulos da temporada. Se seguirmos sempre em frente chegamos à mitica Plaza de la Puerta del Sol, onde ainda tentei buscar um enquadramento para a Maria, mas o turistas são realmente uns chatos.
Decidimos dar a “volta ao cavalo” mas facilmente percebi que o meu GPS estava com dificuldades em recalcular a rota e tirar-me dali para fora.
Subitamente senti aquela alegria estranha de estar perdido:
-Agora somos só tu e eu, Maria!
E pus-me a inventar, seguindo de forma indiscriminada o trafico e cortando pelas ruas que, pela sua disposição pareciam as que melhor estavam orientadas para sair da cidade.

4 Palacio de Congreso

Quando vi os Leões do Congresso dos Deputados, não podia deixar de parar e fazer esta foto.
Aqui vive a democracia espanhola.
Ao fundo da rua já encontrei a indicação A5/R5/M30. Era precisamente essa que eu andava há procura, pois passa por debaixo do Calderon, estadio do Atletico de Madrid, equipa pela qual tenho uma estima especial.
Depois a extensa e caótica Av de Andalucia até ao cruzamento com a M40 onde a A5 nos leva a campo aberto e ao restaurante onde nos esperava uma dourada no forno que soube às mil maravilhas.
Sobre a A5, mais conhecida como a “estrada do nunca” (nunca mais acaba, nunca mias lá chego, nunca mais paro, nunca mais…), devo dizer que são 407km que rasgam Castilla la Mancha e a Extremadura em dois e que por experiência própria, não aconselho a ninguém fazer num dia de verão.
No entanto, tem coisas curiosas que merece a pena ver.

5 Tajo

Como a Sierra de Miravete e as famosas curvas desenhadas pela anttigua Nacional V.

6 Curvas de Miravete

Com um aspecto abandonado, um asfalto degradado onde plantas pioneiras aproveitam para desbravar terreno, a Nacional V sobe e desce a encosta da serra desenhando vários ganchos de primeira categoria.

7 Curvas de Miravete

La no alto podemos deslumbrar a oriente e a ocidente.
A oriente a Barragem e Central Nuclear de Almaraz, a ocidente a extensas planícies da Estremadura.
Um momento curto, para contemplar as paisagem, pois não era permitido muitas perdas de tempo.
No entanto algo me faz parar no caminho, ainda no traçado da antiga nacional V.

8 Tres Gerações de Estradas

Depois de Jaraicejo a estrada desce o vale e atravessa o Rio Almonte, onde tirei esta foto. Maria encontra-se sobre uma ponte de fundações romanas, possivelmente por donde passou a estrada romana e depois o caminho real, que com a revolução industrial foi substituída pela ponte que se vê imediatamente a seguir, por onde passa a antiga Nacional V.
Quando no primeiro mandato de Felipe Gonzalez, foram lançadas as primeiras bases para o progresso e modernização das infraestruturas de Espanha, foram construídas grandes Autovias que lentamente foram substituindo as principais nacionais. A ponte que se pode ver de fundo nesta foto é por donde passa a actual A5, que liga Madrid a Portugal.
Apesar da temperatura amena, o cu daqui do menino acusava os primeiros indícios de stress de cu-beduinismo, muito normal acima dos 600km, mas nada que uma paragem para abastecer, com café incluido e três dedos de conversa não suavize.
Parei em Trujillo par abastecer e decidi visitar o castelo. Infelizmente estava fechado, mas a parte antiga e o castelo valem bem a visita.

9 Trujillo

En Trujillo nasceu Francisco Pizarro, que foi para muitos o explorador das terras onde hoje existe a nação do Perú, e para outros o fundador da nacionalidade do Perú.
No entanto e apesar das controvérsias históricas, na Plaza Mayor de Trujillo, rende-se homenagem a este personagem com uma bonita estátua equestre.

10 Conquistador de Peru

Trujillo é sem duvida um sitio onde se deve parar com tempo.
Já de saída, o telefone deixa cair uma notificação do Marco Clara, informando da sua chegada a Estremoz.
Era tempo de cruzar o Guadiana em Mérida e avistar Elvas vigiando Badajoz num horizonte que era já 100% português!
Maria das Curvas voltava assim a pisar solo nacional ao final de dois anos.
E foi uma alegria desatada!

11 Estremoz

E assim terminou o dia do “Já cá tou”, com estas meninas a travarem conhecimento e os respectivos a contar mentiras enquanto não chegassem os gajos das “hortaliças”….

Eu e o Facebook

À dois meses atrás decidi desactivar a minha conta no Facebook!

As redes sociais tem um gancho adictivo que convem saber controlar, mas longe do problema da adicção, o problema reside essencialmente no conteudo, quase todo ele de qualidade dubia, fora de contexto e que nos informa de coisas de muito pouca relevância.

Se eu quiser cortar na casaca de alguem, saber de noticias dos miúdos dos amigos ou combinar uma tainada faço o melhor que sei, socializar em carne e osso.

Assim que decidi voltar a reactivar a minha conta do Facebook para partilhar nela o que realmente me interessa, as minhas barbaridades, aventuras e desventuras, para alem das vezes que ofereço um voo gratis ao meu bom amigo Martelo!

Alterei o meu nome, de Rui, para LoneRider, porque esta é a primeira de um sem fim de publicações publicas, e porque não interessa quem faz passar a mensagem, mas sim o que mensagem leva cada um!

Podia pedir que me seguissem directamente no meu Blog, mas acredito que uma leitura fugaz no Facebook é muito mais comodo, o que é compreensivel.

Mas o blog existe e está activo, se vocês quiserem seguir, estejam à vontade!

Boas Curvas a todos!

Rui Vieira aka LoneRider

 

Pescoço com mais de 40…

O Sr. LoneRider tem um pescoço com mais de 40 o que será mais propenso a que sofra da patologia que sofre”

Como se atreve um médico a insultar o meu pescoço desta maneira!?

Este pescoço, forte e maciço, esculpido à base de oferecer resistência aerodinâmica aos ritmos impostos pela Maria das Curvas ao longo destes anos em que viajamos juntos.

Que se lixe as patologias e os problemas respiratórios e disfunções mecânicas e eréctil (espera lá! Eréctil não! Vade-retro chifrudo!).

Só por causa das coisas, vou continuar a fazer o que faço. Ir ao ginásio, fazer treino muscular, cardiovascular e as minhas andanças kilométricas para manter este corpo mais ou menos forte e em forma. 

Além disso, e isto é a parte melhor, vou manter os meus dois pescoços bem fortes e maciços, seja andando de mota seja através da função eréctil.

Por falar em função eréctil… 

Vê lá se acordas  ó molengão, que estamos quase a chegar a casa! 

Uma subida para Rupert

As vezes saio ao monte com Artax, outras vezes com Rupert. 

Numa dessas saídas dei por mim a fazer os mesmos caminhos que faço com a Artax. 

 

Uma vez lembrei-me de desafiar o meu bom amigo Eddie para vir conhecer as boas aptitudes como escalador do Rupert. 

Numa mistura de medo e confiança, Eddie entrou em Rupert e gravou com o seu telemóvel este pequeno vídeo. 

DiY- Mudar o Oleo ao Motor

Ola!
Andar de mota é o que nos move neste mundo, mas para alguns, saber como a sua mota funciona e até mesmo poder mexer nela é parte importante do mundo motociclístico. Alem disso, permite alguma economia no que a gastos de manutenção se refere.
Existem operações de manutenção que são fáceis de realizar por qualquer pessoa, mas muitos não se arriscam a faze-lo por falta de bases, o que me parece sensato. Mas, em vez de entregar o peixe já pescado, morto e amanhado, porque não ensinar a pescar?
E por isso que ponho à minha disposição a minha (pouca) experiencia, para vos iluminar o caminho para que vocês mesmo se aventurem neste magnifico mundo de conhecer as entranhas das vossas motos!
A nossa cobaia vai ser a Dorothy, que necessita de mudar o óleo, assim mudar o filtro de ar.

Antes de começarmos a desapertar parafusos e a “desmembrar” a mota, convem fazer os preparativos da coisa.
Comprar as peças que se vão repor, assim como os possíveis consumíveis (molas, anilhas, borrachas, etc) e saber que ferramentas se devem ter à mão para a operação.
Uma boa preparação é uma boa maneira de evitar momentos de pânico e incerteza quando já estamos com a mão na massa.

Ter os manuais de serviço ajuda muito quando se trata de uma moto com carenagens.
Alem do mais uma VFR tem um sistema pouco vulgar de fixação que obriga a alguns cuidados no que refere a desmontar e montar as carenagens.

Ter uma caixinha como esta, que ajuda a separar os diferentes rebites plásticos, anilhas, parafusos e peças que necessites retirar é sempre uma mais valia.

Antes de desmontar observa, estuda como está montado, verifica se tens as ferramentas necessárias e sobretudo, evita forçar encaixes e parafusos.
Tirar as carenagens a uma mota pode ter uma técnica especifica que requer saber como actuar. No caso da VFR, as carenagens laterais saem como se de uma porta corrediça se tratara, sendo que cada lateral esta fixa em apenas 4 pontos. Convem ter rebites plásticos de suplência porque existe sempre a possibilidade de que algum se parta, seja a remover do seu sitio, seja ao apertar quando se monta a carenagem.

Aqui temos a Dorothy descascada só para nós.

Desta vez fomos um pouco mais longe e desmontamos as laterais do deposito, para o levantar e aceder à caixa do filtro de ar.
O objectivo era inspecionar o elemento filtrante e, se necessário, mudar o filtro de ar.

Estava muito sujo assim que, devido a que ia fazer uma viagem grande e tinha o filtro novo comigo, decidi mudar.
Em caso de não se mudar, podes limpar.
Limpar este tipo de filtro resume-se a sopra-lo com ar comprimido no sentido inverso à da circulação de ar. Ou seja, deve soprar o filtro sempre da cara mais limpa para mais suja, de forma a que pressão do ar liberte as partículas aderidas ao filtro e o deixe o mais limpo possível.

Uma vez recolocado o filtro, devemos isolar a caixa de ar.
Normalmente a caixa de ar tem uma borracha que dá estanquicidade ao circuito, mas é sempre boa practica molhar essa borracha com óleo de motor (ou valvulina) para que esta adira correctamente garantido assim a estanquicidade. Para tal uma ampolia de óleo molhamos a ponta do dedo com óleo e vamos passando o dedo na borracha. Basta que a borracha fique viscosa, não é necessário afoga-la em óleo.

Apertar os parafusos da caixa de ar é outro momento que requer atenção.
Primeiro a maioria dos parafusos estão roscados no plástico, assim que não é necessário apertar muito. Basta ajustar.
Depois inicialmente deve-se apertar em cruz, para permitir uma força de aperto igual e que a peça encaixe perfeitamente no seu leito.

OK!
Vamos ao que interessa!
Para retirar o óleo do motor convém que este esteja quente, porque esta mais fluido, escorre mais depressa e arrasta com ele eventuais detritos que possam residir dentro do motor (Carter).
Enquanto o óleo escorre, podemos fazer outras operações…

Como mudar o filtro de óleo….

… ou as velas, o filtro de ar, a bateria….
Enfim!
Tudo menos afinar as válvulas!
Porquê?
Porque para afinar as válvulas é imperativo que o motor esteja frio e se mudas o óleo com este a temperatura de funcionamento do motor não se pode afinar as válvulas.

Com o filtro novo na mão, pedimos de novo ajuda a ampolia do óleo para “besuntar” a junta do filtro. O propósito é precisamente o mesmo que na caixa de ar. Permitir que este adira ao leito sem que fique dobrado ou torcido de forma que se escape por ali o óleo.

O fitro tem um binário de aperto, mas eu sempre fui apologista de dizer que o único que um filtro quer é um aconchego, por isso aperto-os à mão. Levem em conta que, o filtro é um “recipiente” volátil, que se ajusta ao motor com as vibrações que este produz e que depois se tem que retirar numa muda de óleo seguinte.
Não convem apertar muito porque se correr o risco de depois não se conseguir desenroscar.

O mesmo já não digo sobre o parafuso de drenagem.
Convem saber o binário de aperto, mudar a anilha de cobre (ou alumínio, latão, etc) que tem e aperta-lo convenientemente, com a ajuda da dinamométrica e depois do motor estar (mais ou menos) frio.

O liquido lubrificante deve cumprir sempre com as especificações mínimas do fabricante, assim como ser apto para as embraiagens banhadas a óleo.
A marca para mim é indiferente, se bem que para as motas mais recentes convém por sintético para garantir uma boa performance ao longo dos intervalos de manutenção. No entanto no caso das Milf (mais de 15 anos) ou avozinhas (mais de 30 anos), se houver um óleo correspondente que seja mineral eu não desaconselho porque os intervalos de muda são muito mais curtos. Existem ainda motos que registam consumos com os óleos sintéticos, mas se pores um óleo mineral esse consumo diminui parcialmente ou, até mesmo, desaparece por completo.
Quando mudamos o filtro de óleo convem, depois de por o óleo no motor e de verificar que esta a nível, por o motor a trabalhar uns breves instantes. O suficiente para que o óleo inunde o filtro.

Depois de parar o motor, convem deixar o óleo repousar o tempo suficiente para fazer uma leitura mais ou menos exacta do nível!

Caso o nível seja baixo, devemos atestar de óleo de forma a que este fique no nível máximo, mas nunca acima deste.

Prontos!
Feito!
Falta avisar que amanhã o óleo estar acima do nível máximo.
Mas não é motivo para alarme.
Põe a mota a trabalhar 2 min e depois para o motor.
Veste o casaco, põe o capacete, calça as luvas e só depois volta a verificar o nível de óleo e veras que o óleo se encontra no nível desejado.
No caso de motos que tem consumo de óleo, convém dividir a escala de medida do nível de óleo em duas partes. Meio para cima e meio para baixo.
Meio para cima está bom, não mexe!
Meio para baixo, é aconselhável atestar com o óleo, de preferência o mesmo que utilizas na mota.
Se estas em viagem, não tens óleo, esta no meio do nada e perdido, não entres em pânico se na escala o nível de óleo esta do meio para baixo. Neste caso o importante é que vejas óleo na escala. É sinal que o motor ainda tem óleo suficiente para as tarefas de lubrificação!
Se por ventura não vês óleo na escala e te importas com a saúde do motor da tua mota, desmonta e empurra!

Passo a passo…. 

A minha actividade profissional é muito sedentária. 

Passo os dias inteiros sentado a contar os traços descontínuos das estradas por donde círculo com Havalina. 

Apesar de ter a profissão que gosto, o sedentarismo que esta  exige, reflete-se de forma negativa na minha saúde e qualidade de vida. 

Andar de mota requer bons reflexos, uma condição física minimamente decente e alguma resistência de fundo. 

Para ter a profissão que gosto, andar de mota um dia inteiro e ao final do dia dar duas sem sair de cima (ao menos duas  katano!!), é necessário ter uma actividade física que impeça que a barriga cresça, que te sintas perro depois de uma hora no monte com Artax e, o que é pior, que os problemas te digam:

-Já!? 😮

Caminhar, para mim, é a solução mais equilibrada, barata, com um risco de lesões baixo e que se pode fazer em qualquer momento e em qualquer sitio desde que se tenha tempo. 

Como sempre, a maioria das minhas caminhadas serão a só, à descoberta, com alguma dose de aventura e surpresa à mistura. 

Postado uma nova trilha: https://pt.wikiloc.com/wikiloc/view.do?id=20777832 (Santa Perpétua de Mogoda) no #wikiloc