Ultimamente as minhas saídas ao monte com a Artax tem sido mais numa de conhecer trilhos e vias de ligação para um projecto que ando por aí a pensar.
Não tem havido muito tempo para ócio, tenho saído com a Dorothy e a Maria das Curvas nos meus tempos livres.
A isto junta-se a impresivilidade da minha vida profissional e a pouca vontade de me sentar à frente do computador para editar as cronicas “comodevedaser”.
Por norma , quase todos os anos, costumo fazer uma visita ao Rey Moncayo, o pico mais alto do Sistema Iberico, que normalmente me recebe com o seu manto Real, frio e branco.
Este ano não foi excepção porque neste últimos dias o Rey sofreu a visita da Gloria (assim se chamou a tempestade) que, entre outras oferendas, vestiu o Moncayo com um espesso e branco cristalino manto de neve, que se extendia desde o seu pico (mais de 2300m) até ao seu sopé a 700m de altitude onde a neve deu lugar à chuva que abundantemente caiu deixando os terrenos agrícolas fartos.
Tinha chegado da Alemanha e o meu chefinho deixou-me em stand by. Ou seja, “vai para casa que depois eu telefono-te”.
Montei na Seska e, enquanto subia pela estrada da Ribeira do Jalon, por entre as gotas que impactavam na viseira do capacete, podia ver parte do Moncayo, coberto de neve, com o pico rodeado por nuvens cinzentas. A minha mente facilmente navegou para lá, imaginando trapos caindo do ceu aos milhares, o vento que sacudia as neves acumuladas nas ramagens dos pinheiros, a neve acumulada nos caminho e estradas, o rasto das correntes montadas nos 4×4 dos guardas florestais.
Foi então que uma sensação gélida invadiu a minha “área testicular”…
Quando se anda de mota à Chuva, só custa a ficar molhado.
Mas a “área testicular” custa mais que as outras!
Está decidido, amanhã vou ao monte.
Amanhã vou visitar o Moncayo!